ESPECIAL ENTREVISTA COM GUTH, compositor da música "A medida do coração"

Entrevista concedida a Cidinha (coord. par. past. litúrgica)

para o psgeraldomagela.blogspot.com

Ao Guth nosso abraço fraterno e amigo.

1- O que o fez compor esta canção?

Em primeiro plano, a vontade de Deus, que me permitiu. E depois, o gosto pela música. Acho até que esse é o meu passatempo predileto e, apesar de me considerar um péssimo poeta e músico ainda pior, aventuro-me algumas vezes, muito timidamente, a compor alguma coisa. E a minha predileção para escrever, é a música com mensagem religiosa.


2- Qual era seu sentimento na época?

A MEDIDA DO CORAÇÃO (Canção ao Dízimo) foi composta em maio de 1995. Foi uma época em que participávamos (eu minha esposa Julia) ativamente dos movimentos da Paróquia São Geraldo. Nesse período as campanhas em prol do dízimo estavam no início. Foi quando começamos a tomar consciência da real necessidade da participação de todos com o objetivo de suprir as necessidades financeiras da nossa Igreja. Afinal, Ela não é um clube social com o seu quadro de sócios e nem uma casa de comércio que vive em busca do lucro que a sustente. Alguém precisa fazer isso, e esse alguém somos nós, que a Ela pertencemos e somos por Ela acolhidos.


3- Por que uma canção sobre o dízimo, se você participava da pastoral familiar?

A Igreja tem as suas diversas pastorais bem definidas. Isso funciona como uma grande empresa em que todos os seus setores precisam de um entrelaçamento bem ajustado para que o resultado final atinja os seus objetivos. Não seria interessante uma Pastoral Familiar muito forte em detrimento de uma Pastoral do Dízimo muito fraca. Todos nós devemos ter um objetivo único: Cristo. Só chegaremos diante d’Êle de mãos dadas. Todos os serviços são importantes, e a integração entre eles é fundamental. Quando, então, fui convidado pela Pastoral do Dízimo, através da Dª. Arlene Thiebaut (que também era da Pastoral da Família), para fazer a música, já existia alguma semente germinando. Juntei algumas ideias que já amadureciam na minha cabeça e mais as pesquisas que fiz, e o resultado foi esse.


4- Você tinha algum desejo especial no coração ao compor e cantar essa canção?

Inicialmente o meu maior desejo era poder agradar a Pastoral do Dízimo. Eu não imaginei que a minha música pudesse ter essa aceitação e que a Igreja a utilizasse numa dimensão maior. Posso dizer que quando eu a canto, custo controlar o meu coração, ele quase salta do meu peito.

5- Como foi ver sua canção cantada por jovens do Grupo Anjos do Senhor, num concurso diocesano e ficar classificada em 3º lugar?

É uma alegria que a gente não consegue medir. Certamente, o Grupo Anjos do Senhor valorizou a música de tal maneira que, se não fosse por seus jovens ela não teria sido tão divulgada e tão bem apresentada como foi nos festivais (em Rio Novo do Sul ela ficou em 1º. lugar). E todas as vezes que ouço alguém cantando, ou tenho notícia de que ouviram cantá-la em cidades diferentes da nossa, eu agradeço a Deus do fundo do meu coração.


6- Já houve inspiração de outras canções com esse tema?

Eu devo ter aproximadamente umas 40 músicas com mensagens diferentes, algumas retiradas de textos bíblicos, outras que “pego carona” em algum sermão ou mensagem e outras apenas da minha pequena e limitada inspiração. Mas com tema do dízimo eu nunca tentei fazer outra. E, não querendo usar de falsa modéstia, não me permiti fazer uma concorrente.

7- Outras considerações...

Em primeiro lugar, sou muito grato a Deus por Ele ter-me permitido fazer alguma coisa que possa estar ajudando. Acho que foi uma grande graça que recebi. E, em segundo lugar, gostaria de ver novamente acontecendo os festivais promovidos pelos jovens, mesmo que em nível doméstico, embora eu saiba das inúmeras dificuldades. Um excelente estímulo para agregação da juventude em torno da Igreja e o surgimento de novos talentos. E, de uma forma especial, agradeço ao Grupo de Jovens do qual faziam parte Cidinha, Ana Lúcia, Sebastião, Jorginho, etc., que me estimularam a escrever essas músicas.

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