terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

II DOMINGO DA QUARESMA

Estamos fazendo uma caminhada rumo à Páscoa. Um grande retiro espiritual.
No domingo passado Jesus antes de assumir sua vida pública se preparou com jejum e oração durante quarenta dias e quarenta noites no deserto. E lá foi tentado pelo diabo. Jesus para cumprir sua vocação plena, passou por tentações. Nós também sofremos tentações interiores. Ele, o Verbo, a Palavra encarnada, sofreu das mesmas angústias e dores. Neste II Domingo da Quaresma Jesus antes de seguir para Jerusalém aonde irá se cumprir sua vocação plena, sobe a montanha e se transfigura diante de Pedro, Tiago e João. A transfiguração é a antecipação de sua glória. Os discípulos testemunharam a vitória antecipada da vida sobre a morte. Deus confirma a vocação de Jesus: “Este é o meu filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!” Mt 17, 5.
O eixo central desta liturgia é a vocação a qual somos chamados a exemplo de Jesus. Corresponder ao apelo de Deus para cada um de nós, escutar Jesus, é buscar a vida em plenitude. A Campanha da Fraternidade/2008 com o lema: “Escolhe, pois, a vida” Dt 30, 19 é uma exortação a escolhermos o que é da vontade de Deus para nós: defender a vida em todos os seus aspectos, que tenhamos vida e vida em abundância.
Na primeira leitura Abrão recebe uma ordem de Deus: “Sai da tua terra, da tua família, da casa de teu pai e vai para a terra que eu te vou mostrar” Gn 12, 1. Imaginemos o quanto é difícil deixar a segurança de uma terra, da família, da casa do pai e partir rumo ao desconhecido. Corresponder ao chamado de Deus exige sair da segurança, exige renúncia, algo fora de moda. A espiritualidade de Santo Inácio ensina que o verdadeiro discernimento é aquele que nos leva a decidir pelo que é melhor, pelo bem maior. Há sempre algo que é melhor entre duas coisas igualmente boas. Devemos escolher o que atinge o máximo ou o mais próximo de nossa vocação.
No documento Gaudium Et Spes n. 22 diz: Jesus veio revelar ao homem a si mesmo e sua mais sublime vocação. Somos chamados por Deus a uma vocação santa, não devido as nossas obras, mas em virtude do seu desígnio e da sua graça que nos foi dada por Jesus Cristo (cf 2 Tm 1, 9). Amém.

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